09 outubro 2007

Muçulmanos...

Farag Foda foi um muçulmano lúcido e corajoso. Desculpem, mas ele chamava-se mesmo assim. Alguns autores ainda optaram por uma versão um pouco diferente, em inglês, do apelido - Fawda. Ou Fouda em português. Mas logo apareceram os puristas a criticar: a forma ortográfica correcta deste nome árabe nas línguas de origem latina e germânica é Foda.

Não obstante, Farag era professor e um intelectual sério. Envolveu-se em causas humanitárias e escreveu vários livros e artigos de opinião na imprensa do Egipto, onde nasceu, em 1946. O seu tema preferido foi o fundamentalismo islâmico e o seu género literário preferido a sátira. Nos dois, Foda fez História.

A sua tese principal, pelo menos a mais conhecida, era a que de que os integristas, terroristas, teóricos saalafistas e outros radicais do Islão tinham um problema em comum: a frustração sexual. Seria por não terem acesso aos temos prazeres da carne que se entregavam à paixão da carnificina, dizia Foda. E acrescentava (neste caso referindo-se a Abd al-Hamid Kishk, um dos mais populares pregadores radicais egipcios): "Ele diz à sua audiência que os muçulmanos que entrarem no paraíso usufruirão de eternas erecções e da companhia de jovens rapazinhos envoltos em laçarotes e enfeites."

É verdade que Farag citou a prédica do velho xeque cego Kishk, para a seguir contar como a mesma deu origem a um debate entre os teóricos. Nem todos concordaram com Kishk. Um deles, da Universidade estatal al-Azhar, contra-argumentou que, no paraíso, as erecções não seriam eternas, mas sim temporárias, ainda que prolongadas. Outro contestou a possibilidade da pederastia no paraíso. Mas houve quem lembrasse que, embora a homossexualidade fosse desaconselhada, a pedofilia não era proibida, citando uma passagem do livro do Ayatollah Khomeini, do Irão: "Um homem pode ter prazer sexual com uma criança, até mesmo com um bebé. Pode sodomizá-la, mas não penetrá-la. Se dessa forma danificar a menina, ficará responsável pela sua subsistência, por toda a vida. Esta rapariga, no entanto, não contará como uma das suas quatro mulheres permanentes. E o homem não terá direito a desposar uma irmã dela."

A propósito, outro estudioso fundamentalista recordou esta passagem do mesmo livro de Khomeini:"Um homem pode ter sexo com animais como ovelhas, vacas, camelos, etc. No entanto, deve matar o animal depois do orgasmo. Não deve vender a carne ao povo da sua própria aldeia. Já vendê-la ao povo da aldeia mais próxima não é proibido."

A respeito desta fecunda polémica, Foda comentou:"É isto que preocupa os muçulmanos no final do século XX? O mundo à nossa volta anda ocupado com a conquista do Espaço, a engenharia genética e as possibilidades dos computadores, enquanto os doutores do islão se preocupam com o sexo no paraíso."

Em Junho de 1992, Farag Foda foi assassinado por dois fundamentalistas islâmicos do grupo AI Gama'a aI Islamiya. O advogado de um deles explicou numa entrevista, quando interrogado sobre a sua ideia de Direitos Humanos: "Farag Foda tinha o direito humano de criticar o Governo ou de o criticar a si. Mas não tinha o direito de criticar Deus. Somo escravos de Deus e Ele tem o direito de nos condenar à morte, se o insultamos. Contra Deus, não há direitos humanos."
Paulo Moura – Jornalista – Público 7/10/07

08 outubro 2007

Rally das barracas

Depois dos famosos fados do Rouxinol Faduncho, o rally que desgraçou muita gente! Atenção às vontades... e ao vírus que se esconde no fundo no copo!

ps: só em privado...

01 outubro 2007

Aulas à bolonhesa...

Chego à universidade por volta das 9 para ter uma aula de 4 horas, até à uma da tarde, mas a prof não apareceu. De tarde, tivemos meia horita a substituir a aula de 4 horas que deveríamos ter na sexta-feira. Neste momento estou na sala do 217 do ISCAA à espera do prof que deveria dar a aula das 6 da tarde. Ainda não apareceu. Vou jantar e volto para a aula das 8 da noite, a ver se pelo menos temos uma aulinha neste já atrasado primeiro dia de aulas. O que seria se o ínicio das aulas não tivesse sido adiado?...

PS: Mas o melhor é que à bocado vim a descobrir que o prof da cadeira da manha ainda está por contratar...

30 setembro 2007

Publicidade enganosa...

A marca TMN, pertença da PT Multimédia, em parceria com o nosso governo, anda a vender portáteis aos alunos do secundário por 150€. Como se não bastasse a parceria com o governo, para certamente ainda colocar algum extra para o bolso, ainda se dignam a fazer vídeos publicitários a mostrar como vendem computadores no valor de 800€ por apenas 150€. No entanto, fiquei a saber através de uns certos passarinhos, que todos os computadores vêm com um contrato de banda larga obrigatório por 3 anos, mesmo que já tenha internet em casa. Banda larga esta que a única vantagem que têm é a ligação em qualquer lugar, desde que com rede de telemóvel. De resto são só desvantagens face à internet dita normal. Menor velocidade, mais cara, tráfego bastante mais limitado. E depois, feitas as contas aos 3 serviços que a TMN oferece, aos 150€ da entrada inicial podem acrescer 810€, 1076€ ou 1436€. Depois de vendidos os 300 mil computadores, a administração vai ainda dizer que não se vai investir na internet sem fios nas escolas secundárias, porque os computadores quase dados têm a internet sem fios. Cortesia da TMN, que vai encher os cofres. Com a ajuda do governo, também ele mestre em publicidade enganosa, e dos tolos que compram estes computadores, a TMN vai amenizar a falta de liquidez de um serviço que com o continuo crescimento dos locais de acesso livre à internet estava à muito condenado ao fracasso.
Por alguma coisa é que não os foram vender para as universidades. Nesse aspecto, também a companheira de empresa, SAPO, inventou o WI-FI para acabar com os hotéis e centros comerciais com livre acesso à internet...

23 setembro 2007

Inicio de aulas à Bolonhesa

O preocesso de bolonha tem muitos problemas associados. Mas o culminar de todos os problemas fez com que o inicio das aulas se atrasa-se uma semana. Assim, em vez de começarem amanha, começam apenas dia 1 de Outubro. Para toda esta merda de processo, fica um instrumental, daqueles bem deprimentes. Para voces todos que sois estudantes universitários, num rigoroso exclusivo cá deste humilde tasco, Tardes de Bolonha:

Senhores da Guerra

Não é a versão mais desejada pela malta, mesmo assim não deixa de ser espetacular!


20 setembro 2007

Penso que, afinal de contas, continuo a ser labrego...

A pedido de alguns leitores, acrescesto mais um ponto ao Post de estilos dos nosso jovens: O Javardola!

Ora bem, o Javardola é o rapaz que, como o próprio nome indica, é javardo, ou seja, passa o dia a coçar os tomates e quando tem tempo livre e apanha sempre uma casa de banho pública ou um cantinho lá em casa, bate uma. É um rapaz tímido, pois perfere o docil conforto de uma punheta ao processo moroso do engate e da tentativa de galar uma qualquer miuda. Muito comum em jovens da classe média entre os 13 e 16 anos.

19 setembro 2007

Segregacionista? Racista?

"De moço refalsado e de sangue misturado, livrai-nos Deus!"

Aquilino Ribeiro in "Os Malhadinhas"

Não! Parece-me apenas que não tinha muita paciência para as crianças...

Uma coisinha, vá lá, de positivo...

Todos nós já nos apercebemos da merda que está a ser a entrada em vigor dos novos códigos penal e de processo penal, mas hoje li finalmente uma noticia positiva no Diário de Aveiro.
Estava eu à espera do autocarro para Aveiro, quando pego no jornal e leio uma noticia, que dizia que um rapaz de 20 anos da gafanha tinha sido apanhado em flagrante delito a furtar uma habitação. Devido ao novo código de processo penal, foi possível uma busca imediata à casa do detido, onde foram encontrados diversos bens furtados. Pelo menos os novos códigos não servem só para esvaziar as prisões (quanto a isso ainda tenho que falar um dia destes) mas também para umas coisinhas de geito. O suspeito foi presente a primeiro interrogatório jucidial de arguido detido, sendo ainda à hora do fecho da edição desconhecida a medida de coação aplicada. Cá para nós, que ninguém nos ouve, parece-me que será um TIRezinho e o famoso vai e não tornes a pecar, que os nosso juizes, na maior parte dos casos, são obrigados a ordenar.
ps: atente-se às últimas palavras, elas dizem tudo!

17 setembro 2007

Mais um por estas bandas...

... e logo o Cótimos!

Feiras Novas

Quando se diz a alguém que more de Coimbra para baixo (nos casos que conheço, n sei se outros sitios é assim), para ir passar um fim de semana ao Minho, as reacções normalmente são muito diferentes que a mesma pergunta tendo como destino Algarve. Parece que para Norte os quilómetros contam a dobrar. É muito mais natural que haja gente a deslocar-se a sul do que para o Norte. Fazem mal… mais uma vez passei um fim de semana no Minho e o deslumbramento aumentou ainda mais. É inexplicável o ambiente que por lá se vive. Cada canto uma concertina, cantores ao desafio que se reúnem nos cafés fazendo rir quem passa. Gente que não tem pudor em nos ver beber água e da mesa ao lado nos gritar: - “A beber água??? Isso é para lavar os dentes, dá cá o copo, aqui bebe-se vinho, pá!” - ao mesmo tempo que me estica a mão com uma jarra de verde fresquinho.

E se só por isto vale a pena ir ao Minho, quando isso se alia a uma beleza natural ímpar, estamos naquilo a que eu chamo de paraíso. Ponte de Lima tá a tornar-se, a par de Vila Nova de Cerveira, as minhas duas vilas portuguesas preferidas.

By Bruno Raposo in Portal Pimba

10 setembro 2007

Não me rendo!


Não! Não me rendo! Inútil resistir…
de nada servirá.
Nem mil ataques, podem demolir
esta fé, primitiva, que em mim, há.

Não! Não me rendo! Ainda no limite
da vida transitória,
mesmo que o material hesite,
lutam, comigo, séculos de História.

E, quando a decisão de combater
me falta,
ergue-se, dos abismos do meu ser,
uma vontade mais alta.

Não sou eu quem resiste. Corre em mim
sangue dum povo multisecular…
… murmúrio indefinido que eu entendo…
Haja o que houver e passe o que se passar,
não me rendo!

09 setembro 2007

Dedicado ao mundo contemporâneo II

Eu acuso quem pensa sem agir.
Eu acuso quem age sem pensar.
Eu acuso quem fala sem sentir.
Eu acuso quem sente sem falar.

Acuso a posição mal definida,
o gesto mesquinho…
… e acuso-me por, nunca, em minha vida,
ter ido até ao fim do meu caminho.

E, amigos meus,
pronuncio a suprema acusação:
- Eu acuso… quem invocando Deus
ergue ao Diabo, altar, no coração.

Acuso o homem, por julgar o homem…
Juiz só Deus… entendo que é bastante.
Terminarei,
pedindo todas as sanções da lei,
para quem acusar o semelhante


Manuel Pedroso Gonçalves, 1959

Setembro - mau tempo para as famílias!

Lá vai o tempo (por ventura antes de 74) em que o mês de Setembro significava para as famílias portuguesas o fim das colheitas e o proveito que daí advinha. Agora os tempos são outros e os sucessivos governos democráticos da nossa nação transformaram este tempo de festa num dos maiores tormentos dos pais com filhos em idade escolar. As escolas todos os anos mudam os livros para impedir que os livros de uns sigam para outros, fazendo de lacaios do lobby da industria dos livros escolares, assim como o ministério, que muda de programa como quem muda de camisa. Vão TODOS para o caralho.

Artigo da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

As reflexões do meu 12º ano...

Por mais que tudo diga
Nunca me deu para fazer nada.
Nem o sol que tapa a madrugada
Consegue cobrir a escuridão do mundo.
Nunca soube ser seguro
Coerente ou compreensivo, talvez,
Porque o mundo me obriga
(eu não quero)
A crescer de repente, assim, d’ uma só vez.

Soneguei a minha infância.
Quis subir e ser senhor.
Perdi a calma, quase tudo,
Inclusive o amor.
Infantil como a alma
Que só ama
E nada pede em troca.

Ao invés, nós queremos dinheiro
Roupas, pitas, descanso e prazer.
Eu queria brincar,
Correr sem parar.
Amar e ser amado
Como um menino mimado.

Infelizmente cresci
Com os sabor do mundo na boca.
Soltei gemidos, ninguém escutou.
Brinquei. O mundo parou,
Reprovou e condenou.
Ficou o menino assustado
Por não poder brincar,
Nem sequer um bocado…

Talvez a vida seja presente.
Já não posso brincar,
Como no passado.
Não posso sonhar,
Só ter o futuro estudado.

Premiou talvez os marrões,
Os berços ou quem roubou!
Não contemplou quem pensou,
Quem sonhou e obedeceu
À sociedade interior
Porque a vida é mais que
O estudo, o prestigio,
O dinheiro ou o prazer
É amar a Deus a cada momento,
Como se estivesse a nascer
Para um velho sentimento
Amor.

Penso que sou um labrego...

E tu? Em que te enquadras?

Beto: Nos seus primordiais costumava ser definido como "o gosto por vestir-se bem". Actualmente costuma vir associado a uma atitude excessivamente consumista. O protótipo de um Beto é o de uma pessoa que veste o mais caro que encontrar, geralmente calças de ganga clássica,cabelo com uma repa a tapar um olho, pólos e sapatos de vela.

Basofe: Anteriormente conhecidos como Dreads (o que está errado) ou Chungas. Passa pela adopção de um modo de vida adoptado nos EUA em bairros que sofrem de pobreza. Costumam ter dificuldades em conseguir conviver correctamente em sociedade, sendo o grupo muitas vezes responsável do vandalismo, crime e ao consumo de drogas. Limitam-se a ouvir Hip-Hop e abominam todos os restantes géneros musicais.

Grunge: Têm uma visão da vida despreocupada e não costumam ser religiosos. Não costumam fazer grandes planos para o futuro e têm o hábito de serem discretos (às vezes são vistos como pouco sociáveis). Geralmente usam o cabelo comprido e desgrenhado, barbicha, roupas velhas/rasgadas (especialmente calças de ganga e camisas, muitas vezes aos quadrados).

Emo: Têm uma visão decadente do mundo e levam-na ao extremo. São exageradamente sentimentais e têm dificuldades em reconhecer um lado bom nas coisas. É comum questionarem o porquê da sua existência de um modo, levando-os muitas vezes à isolação total. São conhecidos por usarem o cabelo para o lado de modo a cobrir-lhes metade da face, usam alguma maquilhagem, piercings e tatuagem. Diz a lenda que criam um ódio por si próprios que os levam a fazer cortes sobre a pele.

Gótico: Têm também uma opinião negativa sobre o mundo, mas, ao contrário dos Emos, não costumam sentir necessidade de mostrar o seu ódio a si mesmos aos demais. Têm uma atitude fria (de um modo geral totalmente anti-sociais), vestem-se exclusivamente de preto e usam maquilhagem de um modo extremo. Alguns chegam a ter fetiches com cemitérios e sadomasoquismo.

Nerd: É um conceito associado a indivíduos de óculos com grandes dificuldades de integração na sociedade, que costumam ter um grande gosto por informática e pelas novas tecnologias. Geralmente só se dão com outros Nerds, pois somente conseguem discutir a sua cultura tecnológica entre si.

Metaleiro: Usam cabelos compridos, barba e têm poucos interesses para além da música (Heavy, Thrash, Power e pouco mais). São associados a pessoas temperamentais, usam sempre camisolas de uma das suas bandas favoritas e é raro perderem um concerto ou um festival.

Punk: Grupo em certa parte semelhante aos Metaleiros, mas ouvem Punk Rock e New Wave, gostam de piercings, cabelos espetados, roupa de cabedal e outras extravagâncias. Costumam ter excesso de auto-estima e às vezes são associados a atitudes um pouco extremistas.

Labrego: A clássica atitude de um chefe de família. Não entra em filosofias e tem aversão aos "porquês". Não ligam à aparência nem aos cuidados relacionados com a estética, enchem a pança de cerveja ou vinho e gostam de uma bela tarde a ver a bola. Por vezes são associados a homens que vêem a mulher apenas como um objecto de procriação.

Pexito: O seu conceito inicial resume-se a "habitantes de Sesimbra", mas as suas características muito próprias que se têm vindo a alastrar já faz dos Pexitos um grupo pertencente à "fauna jovem". Têm uma personalidade pouco firme: apenas o que é caro é de qualidade e, muitas vezes, fazem de tudo para dar nas vistas e serem bem vistos no seio dos restantes. Costumam ver o companheirismo como uma virtude, mas não costumam ter muito apreço pelos próprios amigos (facto que ocultam). Usam roupa da mais cara que podem, usam relógios e piercings coloridos e de tamanhos extravagantes e ouvem na sua maioria música alternativa.

Satânico: Indivíduos mórbidos e decadentes que vivem contra as habituais regras do cristianismo e praticam o culto a Satanás. São anti-sociais e entendem que o futuro não existe, a morte é o único destino ("ninguém é de ninguém, o fim é que é igual para todos"). Reza a lenda que se sentem bem quando em contacto com a morte, daí o gosto por cemitérios, sacrifícios e animais necrófagos.

Rastas: Conhecidos pelos cabelos grossos que mais parecem pés de árvores e que raramente são lavados com champô. Vestem roupas de pano coloridas e calçam chinelos. Vivem essencialmente de praias e fumam ganza como quem bebe café.

Guna/Chunga: A norte conhecido como Gunas,a centro e sul como Chungas mas em todo o país conhecidos como Azeiteiros.
Tanto a dizer para os caracterizar... Começando pelo vestuário,da cabeça aos pés: usam boné maior que a cabeça (talvez para guardar os objectos roubados) e sempre solto; nas orelhas usam brincos de ouro ; e do amarelo do ouro para o amarelo dos dentes (ou a falta deles); suas roupas são geralmente desportivas e sempre de grandes marcas (compradas na feira,como é óbvio) e o seu calçado,na maioria dos casos, são sapatilhas Nike com molas.
Adeptos da ganza, andam sempre em grupo, e os passatempos favoritos do dia-a-dia é "pedir" dinheiro emprestado e caçar telemóveis a putos.
Nos seus veículos são autênticas discotecas ambulantes e mandam sempre piropos de engate quando vêem uma mulher atraente,mas com resultados apenas para os da sua espécie (diga-se peixeiras).
O seu vocabulário é preenchido com asneiras e têm contribuído para o país com célebres frases como "faz esse!".

Skinhead Nazi: Também conhecidos como os "cabeças-rapadas". Têm ideiais de extrema-direita/nazistas. Geralmente são violentos e implacáveis na sua forma de defender os seus ideais perante todas as restantes.

Skinhead Red-Skin/Sharp/Skin-Gays: Estes são os skinheads da esquerda,uns mais anarcas outros mais comunistas, mas resumindo a merda é a mesma. Skinheads Gays são uma nova facção em ascensão.

06 setembro 2007

sempre pensei que fosse da Gafanha, mas aceita-se...

You Belong in Dublin

Friendly and down to earth, you want to enjoy Europe without snobbery or pretensions.
You're the perfect person to go wild on a pub crawl... or enjoy a quiet bike ride through the old part of town.

Voz do povo

Olha-me para a cara de lata destes dois, a irem a Roma ter com o Papa e ainda hão-de ter sido eles a matar a filha. Eu de facto nunca vi sofrimento na cara daquela mãe...
By Dona Fernanda

03 setembro 2007

Anteontem fui à capital... (a segunda parte)

...e fui almoçar num jardim junto ao Mosteiro dos Jerónimos, a organização levou uns pães e uns leitões e lá nos safámos. Depois do almoço ainda fomos tomar um café e comer uns pastéis à famosa casa dos "Pastéis de Belém". Por volta das 4 voltamos todos para o autocarro e partimos em direcção ao Rossio. Paramos numa praça com a estátua de D. Pedro IV, em frente ao teatro nacional D. Maria II, pelo menos foi o que me disseram.
Começamos a andar por uma rua fechada ao trânsito e, por isso, cheia de pedintes. Não sei se me acham ricos, mas enquanto ninguém foi importunado, eu mal entrei na rua levei com um gajo a tentar vender-me marijuana e coca, até me mostrou os sacos com o produto, e quando o mandei dar uma volta, ele perguntou-me se queria comprar-lhe uns óculos, que por sinal ele tinha roubado numa loja mesmo em frente de onde nós estávamos. Mesmo quando saí do Teatro Politeama, eram só pedintes a dirigirem-se a mim, enquanto as celebridades passavam e ninguém as abordava. Não sei o que viram em mim, mas sei que vi o impensável: um tipo a "fazer uns sons com uma flauta" apenas com uma mão enquanto a outra segurava um chapéu. Eu como não me sinto culpado pela situação dessas pessoas, normalmente nunca contribuo para elas, e foi o que aconteceu. Há muito trabalho por aí para ser feito, não se pode contribuir para que estas pessoas continuem a vida de pedinchas. Nestes caso lembro-me de um senhor que conheci em Braga, à porta de uma discoteca a vender cachorros, porque tinha dois filhos e a mulher desempregada. O sacrifício que o homem fazia, depois de passar uma semana a obedecer às ordens de um gajo qualquer, perdia as noites de Sexta-feira e de Sábado para poder sustentar a sua família.
No caminho para o teatro ainda encontrei um alfarrabista, com bastantes livros a 1€. Prendi-me lá por mais de 20 minutos, porque me apeteceu comprar uns livros e também para fugir à pressão dos pedintes na rua. Comprei uns livros de poesia e um romance, editado nos anos 40 do século passado. Estou agora a lê-lo. Para já estou a gostar.
Fui então para o teatro, e tive que ficar à espera porque a minha mãe tinha os bilhetes e decidiu ir para o bar do Coliseu dos Recreios, mesmo em frente ao Politeama. Já lá dentro, a primeira coisa que me lembro é de ver a minha irmã a comprar o programa e a fazer fila para levar um autógrafo do Lá Féria. Eu não liguei muito e fui rapidamente para a sala. Ao entrar olhei para as paredes, tão bem ornamentadas, a decoração ao estilo de à 100 anos atrás, que também contava a história de milhares de punhetas que se tinham lá batido, antes do Sr. Filipe comprar aquele espaço.
Quanto à peça, propriamente dita, considero uma exaltação ao nacionalismo austríaco, em detrimento do nacional-socialismo alemão. Mas essas são considerações para outros debates. A "música no coração" é um filme sobejamente conhecido e uma história que dispensa apresentações. Mas a peça que foi montada ultrapassa de longe o dramatismo do filme. O teatro tem destas coisas: Consegue envolver-se bastante com o público, e as vozes ao vivo, mesmo com o auxílio de microfones, aumentam muito mais a tenção. Nunca vi uma audiência a chorar tanto. O problema é mesmo o preço. Enquanto no cinema o preço ronda os 5 €, o bilhete que recebi tinha o preço de 27€, embora não tenha pago tanto. Digamos que a excursão foi organizada para que a malta pudesse pagar pouco para ir à capital ver o Lá Féria.

02 setembro 2007

Ontem fui à capital... (parte 1)

Ontem fui à capital de autocarro. Não daqueles da carreira, mas integrado numa excursão do clube do pessoal da EDP-Aveiro. A minha mãe fez tanta força que lá tive que ir. Não estava especialmente interessado no programa do dia, mas acabei por ir, mais porque nunca tinha visto aquilo que fomos ver. Partimos pouco depois das 7 da manha de Aveiro e, pelo caminho, fomos parando em Leiria para comer uma bucha e ainda parámos por causa de um acidente que ocorreu à nossa frente. Acabou por ser só um toquezinho entre dois carros. A verdade é que a A1 ficou interrompida, mesmo com 3 vias de trânsito, foram lá parar ambulância e bombeiros.

Ao chegarmos a Lisboa, a cabeça encostada no vidro observava uma paisagem amarelada cada vez mais ocupada com prédios, um decrépitos, outros novinhos em folha, com as mais variadas
empresas disto e daquilo, à medida que nos aproximávamos do nosso destino. Não gosto deste tipo de cenas, por isso é sempre com algum sacrifício que me dirijo para o sul.

Chegamos ao rio Tejo, para visitar o museu da electricidade, antiga central Tejo, já em Belém, junto ao rio. Do Museu, à parte de termos levado com uma guia (que o meu irmão mais novo até conhecia, portanto não seria de esperar grande coisa) que tinha a mais de carinha laroca o que lhe faltava de conhecimento de como funcionavam as máquinas que transformavam o movimento gerado pelo vapor da central termoeléctrica em electricidade.

O que mais gostei do museu não foi a parte da antiga central, das caldeiras, nem até de se poder passar dentro de uma caldeira que durante muito anos trabalhou a mais de 1100 graus Cº, mas sim a história da electricidade em Portugal, o processo do fornecimento de energia eléctrica às populações e a sua aplicação. Os diagramas da barragem de Castelo do Bode e da central do alto Lindoso.

A produção da hidro-electricidade foi a parte onde mais tempo perdi. Estive um bom bocado a perceber como se distinguiam as barragens, já que existem umas de "fio de água" (tipo as barragens do rio Douro, são apropriadas para terrenos pouco desnivelados e têm uma corrente continua de água), outras chamadas de "turbina-bombagem" (consiste num sistema em que a água passa pela turbina e é bombeada de novo para a albufeira, ou então é bombeada a apartir de uma barragem a jusante, com os exemplos de Aguieira, Alqueva e Rabagão) e ainda as mais conhecidas, as barragens "de Albufeira" (com uma grande capacidade de armazenamento de água, mantém o normal funcionamento dos rios quando a água passa pelas turbinas e segue para jusante. São exemplo destas barragens as do Lindoso, Vilarinho das Furnas e Salamonde). Claro que ainda existem as barragens que apenas servem para o armazenamento de água.

Houve ainda outras coisas que me interessaram, como a história da electricidade e os aparelhos infantis para se perceber como pode ser gerada electricidade estática, ou para se perceber como funcionavam os primeiros aparelhos geradores de electricidade.

No final ainda uma visita à exposição da world press foto, concurso de 2007 juntamente com o concurso de foto jornalismo Visão/BES. Valeu a pena. Depois conto o resto da história.

Lições de Retórica

Uma pergunta estupida mereçe sempre uma resposta estupida.

Chega um indivíduo de raça negra a uma loja de armas e pergunta:
- Spor favor, tens pistola...
- Não, por acaso não temos...
O indivíduo olha para o lado e repara numa vitrine cheia de pistolas.
Nisto pergunta: - Olha, e o springarda tens?
- Não por acaso também não temos...
O rapaz olha para o outro lado e vê uma prateleira cheia de espingardas e questiona o dono da loja..
- Ei, ós camarada, tens arguma coisa contra os preto...???
- Por acaso temos. Pistolas, espingardas...

27 agosto 2007

Fala quem sabe

"Antigamente a homosexualidade era proibida. Depois passou só a ser vergonha (ah, paneleiro e tal...). Depois passou a ser tolerada (coitadinho, é paneleiro, é doente... desde quando levar no cu é uma doença?). Agora é moda e eu vou fugir para outro planeta antes que seja obrigatório!"
By Fernando Rocha

Anda um gajo perdido no "Mais Futebol" e de repente...

Eu como adepto benfiquista, não gosto de nenhum dos dois, e passo a explicar porquê.
O Benfica de Camacho de 2003/2004 era um Benfica sofrível, com muitas deficiências defensivas, que iam sendo disfarçadas pela produção ofensiva (Tiago, M Fernandes e Simão produziam muitos golos). Quem não se lembra da derrota 4-3 em Milão? Ao fim ao cabo, Camacho apenas ganhou uma taça de Portugal, mas é recebido como se fosse o último treinador campeão. Os benfiquistas ainda não aprenderam a não acreditar em salvadores da pátria. O último foi Toni, esse sim anterior treinador campeão, e mesmo assim foi o descalabro que se sabe...Por outro lado, Camacho não é um bom treinador do ponto de vista técnico. Ainda ontem se viu no jogo com o Guimarães que as opções de banco foram completamente falhadas: lançar Luis Filipe a extremo, para quê (FS tinha sido crucificado quando o fez)??? Refrescar o avançado (Cardozo por Bergessio) quando tinha de arriscar tudo para ganhar o jogo??? Guardar Adu no banco quando podia ser a única unidade capaz de criar desiquilíbrios, porquê???
Será que Adu e Di Maria vão ser mais duas apostas jovens "à Benfica"? (vide caso Moreira).
Eu francamente estou farto destas crenças ingénuas da massa adepta do meu clube, e tenho pena que ainda não tenham percebido que o verdadeiro problema não reside no treinador, mas no presidente e na estrutura directiva.
Um presidente que não demitiu FS quando o devia ter feito - no final da época passada, em que os resultados foram miseráveis - acabou por fazê-lo após dois jogos oficiais com uma vitória e um empate. Pelo meio, uma pré-temporada deitada completamente ao lixo, e contratações de reforços em cima do joelho, como tem sido hábito nos últimos 6 anos.
Perante isto, a única atitude digna do LFV seria demitir-se e sair juntamente com FS. Mas o "cavalheiro" não deve saber o que isso significa.
PS: Sócios do SLB, peço-vos que nas próximas eleições sejam inteligentes a escolher o presidente, e deixem de acreditar em vendedores de banha da cobra.

Eu não diria melhor...

26 agosto 2007

Porque Salazar ganhou os "Grandes Portugueses"

Cagando pr'o PPD
Cagando pr'o CDS
Eu caguei pr'o PCP
E também caguei para o PS

Eu caguei pr'o Balsemão
Pr'o Freitas do Amaral
Eu caguei para o Cunhal
E o Bochechas fecha a mão

Vai o maior cagalhão
Que em toda a vida caguei
E também caguei pr'o rei
O senhor Ribeiro Teles
Cago pr'a todos eles
Cagando pr'o PPD

Eu caguei pr'o presidente
Caguei pr'as Forças Armadas
Eu faço as minhas cagadas
Cagando pr'a toda a gente
E quem não estiver contente
Ainda mais me merda merece

Porque eu nunca me esquece
Lá debaixo do sobreiro
Caguei pr'o senhor Saleiro
Cagando pr'o CDS

Eu caguei para o ministro
Cá da nossa agricultura
Cago sempre com fartura
Porque eu no cagar estou bem visto

E ainda correm o risco
D'eu cagar pr'a quem não sei
Cago pr'a quem fez a lei
Que me proibiu de cagar
Mandando o cinto apertar
Eu caguei pr'o PCP

Caguei pr'a democracia
Caguei pr'o socialismo
Caguei pr'o comunismo
E caguei para a monarquia
E mais cagar já não podia
Mesmo que eu cagar quisesse

O muito cagar aquece
As bordas de um cu bendito
Que cagou cozido e frito
E caguei para o PS

Porque eu caguei a bem cagar
Como há muito não cagava
E não pude cagar pr'a mais
Porque a merda não chegava

de: Francisco Domingos Horta - «No paraíso real - Tradição, revolta e utopia no Sul de Portugal»

Podem ouvir a declamação

24 agosto 2007

Nem mais um soldado na Gafanha!

Um caso típico: Passou-se há uns tempos, quando numa sexta-feira que já era sábado, numa estrada perto de Vagos, um militar da GNR do posto (novo) da Gafanha da Nazaré, sem estar em serviço, decidiu mandar parar um veículo que o tinha ultrapassado pela direita. Louve-se, sem rodeios, a tentativa de combate às infracções rodoviárias que tantos mortos causam por esse país fora todos os anos. Seguindo a história, no veículo imobilizado seguia um casal, que vinham acompanhados por outro casal noutro veículo. Param então os três carros. O GNR, que julgo, estava acompanhado por outra pessoa, começa então a ameaçar o prevaricador, chegando mesmo ao ligeiro contacto físico. Nisto, a acompanhante do prevaricador mete-se ao barulho e é atirada para uma vala, junto à estada. O condutor do outro carro tenta impedir o GNR de agredir o colega e vê-se confrontado com uma arma apontada à barriga, juntamente com vis ameaças verbais. A acompanhante deste infeliz, tentando serenar os ânimos, é atirada para o chão.

Entretanto, o prevaricador, como conhecia alguém da GNR de Vagos, decide chamá-los. O GNR furioso, chama a malta da Gafanha, que mesmo sem competência territorial, aparece de caminho para se juntar à festa.

Rescaldo: tanto o GNR como o condutor prevaricador circulavam com excesso de álcool no sangue; Na segunda de manhã foi tudo parar ao tribunal.


Feitas ao contas, enquanto o prevaricador incorre em duas contra ordenações graves, desrespeito das regras de transito e condução sob o efeito de álcool, o GNR incorre na contra ordenação de condução sob o efeito do álcool, em pelo menos dois crimes de ofensa à integridade física e dois crimes de ameaça, de forma grave, como foram anteriormente descritos. Incorre ainda num processo disciplinar profissional e noutras cominações que possam advir do facto de ser militar, e de ter cometido estes crimes, assumindo-se como tal. Já estou como o Marcelo: Assim Não!

E quem lá fosse?

Mais uma noite no Porão, a beber uns canecos e a tentar resolver uns enigmas, no meio de alguns amigos. Enfim, vivam as férias, que estão para durar...

22 agosto 2007

Oh diabo... voltámos às broncas!

É curioso que um assunto que não deveria merecer discussão nenhuma, está cada vez mais quente. Assim vai a nossa política...

20 agosto 2007

Em tempo de férias, falemos do paraíso

Através deste documentário podemos observar a realidade ditatorial em Cuba, o regime policial e censório de Fidel Castro, o encarceramento e a execução de opositores políticos, o futuro adiado para gerações de cubanos que tiveram o azar de nascer numa ilha-prisão de onde não podem sair e onde tudo lhes é negado. Cuba será talvez o expoente de um dos mais habituais erros de senso comum sobre o ideário marxista: aquele que considera a igualdade como a normalização da vida colectiva, onde todos vestem camisolas com a mesma cor, a mesma gola e a mesma tristeza. Essa é uma concepção totalitária da sociedade que nega a individualidade dos sujeitos sociais, aquilo que nos torna humanos.
Pelo meio, este documentário aborda os dois dogmas do regime: a educação e a saúde. Têm sido eles, no último meio século, a sustentar as teorias de compensação sobre Cuba e a generalidade dos regimes comunistas, menos a Coreia do Norte que também tem saúde e educação mas é mais ditadura do que as outras ditaduras com os mesmos pressupostos (tal como a RDA era «menos» ditadura do que a URSS). Em ideologias ditatoriais, as simbologias são tudo. Mas dizem os apoiantes de Cuba que a ditadura é o reverso dessas duas aquisições da «revolução». A ideia é fascinante, porque qualquer condenado numa prisão tem direito a saúde -- e, assim o queira, educação. Não deixa de ser uma bela metáfora.
Mas podemos perguntar que educação existe num regime opressivo, asfixiante, policial? Que livros são lidos? Que liberdade intelectual existe? O que pode ser ali discutido, escrito, debatido? É chocante, logo no começo do documentário, ver aquelas crianças arregimentadas pelo regime a papaguearem os «princípios da revolução» como se fossem os rios da Península Ibérica e a lerem livros de «história» onde Fidel é apresentado como «líder indiscutível». E aquelas crianças, aos seis, sete ou oito anos de idade, não sabem ainda que mais tarde terão provavelmente de deitar-se com alguns turistas para conseguirem um prato de comida na ilha que lhes foi imposta. Trágico.
Quanto à saúde, qualquer país europeu com um modelo inclusivo de Estado-providência sempre conseguiu melhores condições para os seus cidadãos sem recurso à pobreza e à ignomínia repressiva. De resto, pelo que se vê, os cubanos parecem preferir arriscar ser mortos por tubarões a caminho da Florida do que ficar com vacinas gratuitas em Cuba. Lanço por isso um repto: os comunistas que ainda restam nos outros países do mundo, a começar por Portugal, não aceitariam trocar de lugar com eles? Isso sim, seria coerência revolucionária.

Pesadelo em dia de aniversário

Depois do meu retiro, juntamente com mais uma dezena de Pioneiros de Schoenstatt e o Padre José Melo, em Carregal de Manhouce (não era bem Cercal), jurei que das primeiras coisas que faria quando chegasse a casa seria ouvir a "4 Estações" de Vivaldi. Na verdade, depois de me ter actualizado após uma semana em que não contactei com o mundo exterior (só hoje soube que o Beira-Mar tinha ganho ao Boavista, por exemplo), apenas há poucos minutos tive a oportunidade de apreciar essa obra-prima. Mas quando comecei a ouvir passei logo para a última parte do "Verão", aquela mais conhecida. Todo o meu interesse estava nessa parte. Quanto a mim foi a causa do pesadelo em dia de aniversário. Pois é, completei 20 Verões no último dia 15. Mas o dia começou muito mal, pessimamente. Quando me deitei, perto das 23:30 do dia 14, começou a pingar e eu refugiei-me na minha tenda. Cedo adormeci. O que mais me lembro é de ter acordado pouco depois das 4:30 da manha (bem perto da hora em que nasci) completamente em pânico. Confesso até que demorei quase uma hora a adormecer, enquanto a chuva lá continuava, impiedosa, batendo na parte de fora da tenda.
O início não era nada de anormal. Afinal de contas estar envolvido numa campanha em prol de uma menina de Estarreja que precisava de um transplante de "rojões" (nome que o meu subconsciente encontrou para os rins) não era nada de mais. Quando finalmente as coisas parecem estar resolvidas vou ver um jogo ao Estádio Municipal de Aveiro (pelo menos parecia-me do lado de fora), no entanto a cidade por onde se desenrolou o meu pesadelo não viria a ser nenhuma de que me recordasse. Não me lembro quem jogou, mas deveria ser um grande jogo, já que a enchente do estádio obrigou muita gente a ir estacionar o carro para lá da A25. Do que me lembro é que quando ia a passar a rotunda chegaram algumas carrinhas com uns rapazes vestidos de branco, quase ao estilo de Laranja Mecânica, que deixou toda a gente em pânico. Em não sei se na altura fiquei fascinado, se incrédulo, mas as pessoas fugiam deste rapazes que para além de estarem vestidos de branco até pareciam boas pessoas. Lembro-me que agarraram uma dúzia de pessoas e de repente saiu um rapaz de cabelo encaracolado e claro, com cerca de 20 anos, que começou a beijar essas pessoas na têmpora, ordenando que elas se libertassem e se fundissem com a multidão em fuga. O pior foi mesmo quando vi as pessoas beijadas saltarem de um viaduto para o meio da Auto-Estrada. Aí comecei a correr (sabe-se lá como) com o resto da multidão em, fuga, enquanto o grupo vestido de branco caçava os condutores dos carros parados em tentativa de fuga.
Depois só me lembro de me encontrar numa cidade completamente desconhecida e descia uma rua de bicicleta. Cheguei a uma certo ponto em que poisei a bicicleta e comecei a andar de um lado para o outro. O meu subconsciente não me fez uma analepse para que eu pudesse saber o que se tinha passado entretanto. Acabei mesmo por encontrar dois rapazes vestidos de branco e deles não me tentarem agarrar nem de eu tentar fugir. Quando o meu subconsciente finalmente olhou para mim, notei que também eu estava vestido de branco. Em seguida perguntei aqueles soldados porque estava eu vestido daquela maneira. Ao que responderam "Foste libertado pelo beijo de Daniela. De hoje em diante, como sinal da tua gratidão, prepararás pessoas para que Daniela os possa escolher." "O que é Daniela?", continuei eu. "Quem te beijou a têmpora e te libertou do mundo em que vivias. Só aos corações puros é permitida essa libertação. Parabéns, porque és um coração puro, senão hoje não estarias diante de nós", responderam algo compreensivos. "Mas Daniela não era um rapaz?", repliquei mais uma vez. "Daniela é Deus, que cansado de esperar pelo fim do mundo, beija as pessoas na têmpora e, ou as conduz à morte através da loucura da sua mente, ou as conduz ao paraíso devido à pureza dos seus corações." "Então porque matar pessoas em vez de zelar pela pureza dos seus corações?" perguntei eu algo desesperado. "DANIELA!", gritaram os dois em uníssono. Ao olhar de repente para uma esquina vi surgir, como se lá sempre tivesse estado, Daniela, que se juntou a nós os três e começou a falar: "Dei muitas oportunidades às pessoas para viverem com um coração puro, mas elas preferiram fugir de mim, me vez de intentarem esse feito. Talvez os primeiros que beijei tenham sido de alguma forma inocentes, mas as pessoas continuaram a fugir, sem perceberem que a única escapatória possível para eles é virem ter comigo, de mãos limpas. Não me resta outra opção." E desapareceu enquanto 3 raparigas surgiram vidas do céu, também elas completamente vestidas de branco. Uma de cada vez lá deram um beijo na minha têmpora direita e as 3 ao mesmo tempo caíram em cima de mim. Quando dei por mim no chão estava numa linha de comboio de alta velocidade, com uma locomotiva apenas a alguns metros de mim.

Foi neste momento que acordei.

Na manha do dia 15 fiz uma retrospectiva e lembrei-me que os primeiros pingos de chuva dessa noite me tinham feito lembrar do "Verão" do Vivaldi. E tinha sido a musica que eu tinha ouvido quando o fascínio me tinha invadido, no momento em que conheci o Daniela. Talvez o sonho revele alguma presunção da minha parte, afinal de contas era o meu dia de anos. Talvez quando sonho em ser mártir, sejam pesadelos que eu tenho acordado e que em vez de pânico sinto mágoa e por vezes vontade de chorar. Quando aos "Rojões" e ao "Daniela" eu ainda estou à espera que a vida me indique o porque destes sinas divinos. Olhem ainda outra coisa: talvez Deus seja o único a reconhecer verdadeiramente um coração puro, mas basta que ele envie 3 mulheres de coração puro para acabar comigo. Em verdade, meus amigos, basta apenas uma "Daniela"...

11 agosto 2007

10 agosto 2007

Umas contas interessantes

Uma Sociedade Comercial paga em números redondos, 30% de IRS + 30% de IRC + 11% de Seg Social + 23% de Taxa Social Única + 20% de IVA. Contas feitas 114% de impostos que uma empresa paga. Porventura de eles não fugissem ao impostos, não haveria quem quisesse ser empresário. Into tudo para dizer que é imperativo a baixa dos impostos, em todos as suas vertentes para acabar com o sufoco que vive a nossa economia.

Mais um para o cantinho dos foruns

Forum Novas Gerações

Prémio "Já todos estamos fartos, sim, mas o que se há de fazer?"

Informação Alternativa

Uma coisa é acabar com a discriminação, outra completamente diferente é discriminar todos...

Via NovoPress

Uma jovem inglesa, estudante de ciências, viu a sua candidatura ser recusada pele Agência Ambiental do Reino Unido por ser branca e inglesa.

Apesar de não existir qualquer adevertência no anúncio que impossibilitasse pessoas de raça branca e de origem inglesa candidatarem-se ao posto de trabalho em causa, Abigail Howarth viu-se preterida pela sua condição étnica.

Três dias após o envio do seu curriculo vital, Abigail obteve a resposta do responsável pelo recrutamento, Bola Odusi, o qual agradecia o interesse da candidata mas as vagas seriam preenchidas por membros de minorias étnicas, de acordo com a Acta das Relações Racias, promulgada no ano 2000.

Abigail Howarth referiu estar bastante decepcionada. «Ouvir dizer que por ser “inglesa branca” isso coloca-me de parte no meu próprio país deixou-me chocada»

No tempo em que se podia falar...

...Codreanu disse:
«Não esqueçais que as espadas que levais à cintura são da raça, levai-as em seu nome, e por conseguinte, com elas deveis castigar, desapiedados e implacáveis. Assim, e só assim, preparais um futuro são a esta Nação.»

07 agosto 2007

mero ocidente ou gozo do islão?

“Hillary” e “Obama” - Uma mulher e um negro participam na campanha para a presidência dos E.U.A.
Clicar para ver tamanho originalHomem religioso: “Mais um sinal do colapso da civilização ocidental.”

Via Elise in Insurgente

06 agosto 2007

Requiem por Jan Palach

Arde o coração de Praga
Arde o corpo de Jan Palach!
Podemos dizer que o rei Wenceslau
também viu crescer o fogo em que arde o coração de Praga.
João Huss, queimando o seu corpo,
também arde na praça de Praga.
E os cavaleiros da Boémia, o povo
e os grão senhores, os menestréis
e os cantores da Morávia,
os operários de Pilsen, os poetas
e os camponeses da Eslováquia,
todos ardem, nessa tarde e nessa praça…

Queimamos a coragem e o heroísmo,
queimamos a nossa infinita resistência
Não é verdade, soldado Schweick?

Eles vieram das estepes e disseram
É proibido morrer pela Pátria!
É proibido
não ceder à ocupação,
É proibido
resistir à opressão,
É proibido amar os campos verdes do seu país,
É proibido amar o verde da Esperança,
É proibido amar a Esperança!

És proibido, Jan Palach,
És proibido, Jan Palach,
Estás proibido de resistir
Estás proibido de morrer!

Eles vieram das estepes e disseram todas estas palavras.
Mas também é verdade que disse um dia
o Rei Wenceslau montado em seu cavalo
Esta nossa terra será fértil
e nela crescerão livres os dias e os séculos,
e nela crescerão livres as virgens, as mães e os filhos
e crescerão livres as flores
e de entre essas flores virão rosas,
virão rosas livres cobrir a terra de Jan Palach!

Arde o corpo de Jan Palach
Arde o coração de Praga
Arde o corpo do Futuro
e já canta a Primavera!

Podem ouvir este poema acompanhado à viola por José Campos e Sousa.

Sombras da Madrugada

Vi uma sombra bem unida
a dele e a tua
e a minha sombra já esquecida
surpreendida
parou na rua!
os dois bem juntos, tu e ele
nenhum reparou
que a outra sombra era daquele
que tu não queres mas já te amou!

É madrugada não importa
neste silêncio há mais verdade
a noite é triste e tão sózinha
que parece minha toda a cidade!
nem um cigarro me conforta
nem o luar hoje me abraça
eu não te encontrarei jamais
e nestas noites sempre iguais
sou mais uma sombra que passa
sombra que passa e nada mais.

Ao longo desta madrugada
a sombra da vida
mora nas pedras da calçada
já não tem nada
vive perdida
quando a manhã, desce enfeitada
pelo sol, que a procura
nem sabe quanto a madrugada
fala baixinho de tanta amargura!

António Lampreia

E porque sou mesmo mau...

...fica aqui mais um texto, com a devida vénia ao Luís Azevedo, a.k.a. Cidadão Oculto.

Saudações. Para quem continua em insistir dizendo que Portugal não se desenvolvia enquanto o Estado Novo esteve no leme da nação, aqui vão umas noções: “Desde o 28 de Maio de 1926, as receitas públicas metropolitanas subiram de 1 400 000 de contos em 1926 para 4 400 000 contos em 1966; o analfabetismo que era quase 70% foi anulado quanto a toda a população em idade escolar; o nível de vida triplicou; o produto nacional bruto, a preços constantes, elevou-se de 65% nos últimos dez anos; a produção industrial subiu de 9 Milhões de contos em 1938 para 44 Milhões em 1965, e desenvolveu-se, só para citar os últimos anos de 1959 e 1964, à taxa de média de 11,7%; a produção de electricidade passou de 187 Milhões de kW/h em 1926 para 4 800 Milhões de kW/h em 1966; expandiram-se as editoriais de e revistas; cresce a circulação de jornais; e a população metropolitana aumentou de seis para cerca de dez milhões. No Ultramar erradicaram-se as grandes doenças, como reconheceu, em relatório publicado após visita aos territórios, a OMS (Organização Mundial de Saúde); tem-se intensificado e ampliado a participação dos seus habitantes. Entretanto, fundaram-se duas universidades; multiplicaram-se as escolas primárias, cresceu o número de Liceus e de escolas técnicas. Tendo o estado Novo trabalhado muito, e numa época onde muito se fala e tudo parece depender de subsídios e ajudas técnicas vindas da U.E., dá-se real valor a estes grandes progressos de então. Não devemos os progressos de antigamente a subsídios gratuitos ou a favores especiais de qualquer país” O Estado Novo deixou nos cofres do Banco de Portugal 866 toneladas onde hoje só restam 383 toneladas. Também detinha milhões e milhões de escudos e moedas estrangeiras, Um jornal britânico chegou a vaticinar que Portugal era o 3º Milagre económico, a seguir à Alemanha federal e ao Japão… o escudo era moeda forte! E note-se que os territórios além-mar, designadamente Angola, viviam um surto de desenvolvimento invejável Pois tudo isso se perdeu em 1974, mercê duma revolução insensata sem nome, conhecida por uma data – 25 de Abril… VIVA SALAZAR!!! VIVA A PÁTRIA PORTUGUESA!!!

28 julho 2007

A porta é a serventia da casa...

Tenho que confessar que foi com alguma surpresa que li a noticia que ontem saiu no Semanário, e que referia que Manuel Monteiro ponderava regresso ao CDS. Podem ler o artigo na íntegra, no Arestália.

Fez uma campanha sozinho para a câmara de Lisboa, para poder levar um bom resultado como trunfo no seu reingresso no CDS, o que não veio a acontecer (o bom resultado). Mesmo assim, parece que se vai aliar a Ribeiro e Castro para lutar contra Portas. Demitiu-se do PND, deixando um partido sem estrutura, porque ele nunca a quis implementar. Apenas ano e meio após a fundação do Partido se criaram os círculos eleitorais, por pressão das bases. E ainda por cima, no último Conselho Geral, no qual não pude estar presente, ele apontou uma agenda que deixará paralisado o partido durante 6 meses. Ora bem: O que ficou marcado para Setembro foi um novo conselho geral (sobre o qual já aviso que tenciono estar presente) para em Setembro se marcar o congresso para se eleger a nova direcção. Lá para Novembro, na melhor das hipóteses. Como os círculos políticos caíram com esta direcção, apenas lá para Janeiro estarão a funcionar normalmente. É caso para dizer: Ainda bem que ele se vai embora.

13 julho 2007

Ensino Superior – Novo Regime Geral – Reformular sem resolver problema nenhum

Para aqueles que não saibam, está em cima da mesa uma proposta para um novo Regime Jurídico para as Instituições Ensino Superior. Com sinceridade, também eu fui apanhado de surpresa porque a proposta surgiu antes que fosse feito qualquer debate público.

De referir a positividade da existência de um documento único que regule todas as instituições de ensino superior em Portugal, que poderá agora passar a existir. Não me debruçando muito sobre a actual proposta, pretendo lançar ideias para o debate sobre o conceito de regime geral, e também debruçar-me sobre aquilo que deveria preocupar os intervenientes o ensino superior. Mas as interrogações quanto a este ponto são algumas: Como criar um documento único para instituições de ensino superior tão diferentes como as universidades, os politécnicos e os privados? Quando os princípios, meios e/ou os fins, por vezes, estão tão distantes?
A ideia deveria ser então que o novo RJIES funcionasse como uma “constituição do ensino superior”, em que o seu carácter de generalidade e abstracção fosse tido em conta, para que a sua aplicação fosse o mais abrangente possível.

Como seriam salvaguardas as diferenças entre os diversos ramos que compõem as IES?
Englobar tudo aquilo que lhes é comum, conferindo autonomia normativa e administrativa às IES, para que possam actuar, obedecendo apenas ao RJIES. Para isso é fundamental salvaguardar os direitos de todos os intervenientes, estabelecendo patamares mínimos, que poderão ser alargados por qualquer IES. Para os alunos é necessário que a lei salvaguarde direitos mínimos no que concerne às propinas, apoio social, avaliação ou representação nos diversos órgãos, por exemplo. Somente esses patamares poderiam limitar a liberdade de actuação de cada IES.

As IES têm que se desenvencilhar da tutela de superintendência que em muitos aspectos é exercida pelo MES, tutela essa que seria exercida apenas com base no novo regime geral, mantendo a necessária tutela de legalidade, exercida pelo próprio MES e por outros órgãos, como o tribunal de contas.

Outra questão crucial é a eleição do reitor ou presidente, agora proposta pelo novo regime, substituindo a nomeação política. Acho esta medida positiva, dentro da liberdade que considero essencial para as IES, desde que sejam estabelecidas regras igualitárias para todas as IES, para que nenhuma seja prejudicada pela falta de confiança politica, evitando que estas fiquem afectadas pela arbitrariedade de qualquer político.

Poderá esta discussão atenuar todo o debate que se gerou em torno de Bolonha? Na verdade, os problemas do ensino superior em Portugal estão bastantes afastados daquilo que neste momento se discute, até mesmo do processo supracitado, e era isso que deveria preocupar quem se interessa pelo ensino superior, pelos seus estudantes e pelo futuro de Portugal.

1. Não se pode permitir que as IES percam um nível de exigência que lhes garanta o devido respeito da sociedade portuguesa em geral, e também da comunidade internacional, tanto na sua formação e ensino como na admissão dos seus quadros discentes. Por exemplo, o modelo Mais 23 permite o acesso ao ensino superior de pessoas sem o ensino secundário concluído. Na verdade, para ser respeitado, é preciso que se reconheça nos quadros superiores o mérito devido pela formação que adquiriram, ao invés do que cada vez mais acontece, nomeadamente devido às notícias e ideias que são veiculadas e que se reportam à facilidade com que certas pessoas obtêm os diplomas. Assim, só com o 12º ano concluído ou equivalente deverá uma pessoa, independentemente da sua idade, entrar no ensino superior, fomentando o recurso de trabalhadores estudantes ao ensino nocturno, que poderá até ser articulado com as IES, para que os proponentes possam realizar uma formação de nível secundário adequada ao curso a que se propõem.

2. Favorecer o regime de trabalhador estudante, a formação dos quadros das empresas e da função pública, para que não se esteja à espera que essas pessoas entrem na reforma para só então os substituir por quadros devidamente qualificados.

3. Conferir às IES a liberdade administrativa para que possam adequar as vagas, os cursos e as cadeiras leccionadas às exigências do mercado e não a adopção de um modelo inflexível, transversal a países com realidades económicas e sociais tão distintas, como a diferença natural que se estabelece entre países como a Roménia, a Alemanha ou até mesmo Portugal.

4. Adoptar um modelo económico capaz de absorver os nossos licenciados, já que o número de licenciados face à média europeia não é assim tão elevado que justifique o desemprego funcional de muitos destes. Também dentro deste aspecto, evitar a emigração que se verifica nos recentes licenciados (quase um quinto, hoje em dia, emigra) evitando que a nação invista bastante capital na sua formação e permita que a sua actividade e os seus conhecimentos apenas venham a beneficiar outros países.

5. Evitar que se estabeleça um mercado comum europeu de acesso ao ensino superior, evitando que os nossos melhores alunos saiam ainda mais cedo para as universidades mais conceituadas a nível europeu e que Portugal se veja confinado aos estudantes atraídos pelo sol e pelas praias.

6. É essencial um modelo de financiamento, regulado pelo ministério, que contemple factores variáveis como a avaliação independente da instituição e a colocação dos seus formados no mercado de trabalho, externo à função pública.
Outro aspecto que tem sido muito contestado é a modificação jurídica que poderá ocorrer nas universidades, passando estas de pessoa colectiva de direito público, para fundação. Sendo todos estes problemas que enunciei, aquilo que mais rapidamente deveria ser solucionado no seio do ensino superior português, e sendo esta uma medida tão arrojada, seria melhor adoptar um sistema experimental em pelo menos duas universidades e se se verificasse alguma melhoria, não sei porque não alargar este conceito às restantes. Não podemos é deixar que uma medida de resultados bastante incertos seja implementada ao mesmo tempo em todas as universidades, para que a maior para saia ilesa de possíveis consequências nefastas. Não podemos ser inflexíveis em matéria económica. Só avaliando os deveres do estado e as necessidades do povo português se pode afirmar que certo sector está melhor nas mãos do estado, ou pelo contrário, entregue a privados.

Concluindo, a falta de ataque aos verdadeiros problemas do ensino superior é preocupante, assim como falta de soluções credíveis por parte de todos os intervenientes. Os problemas estão em cima da mesa, alguns já há muitos anos, e quanto a mim, só a consciência de alguns ainda não os esqueceu, no meio de tanto debate motivado pelas propinas, por Bolonha, e agora pelo novo regime geral. Nisto, como em muitos outros aspectos do pensamento nacional, o imediato absorve todas as manifestações de descontentamento face aos problemas mais profundos do ensino superior português.

02 julho 2007

Tratado constitucional

Muito se tem falado do futuro tratado europeu que irá substituir a constituição europeia. Não tão pelo seu conteúdo, mas sim pela vertente pouco democrática de que este poderá ser revestido. Não é costume eu exigir a existência de qualquer referendo e sendo assim não tenciono neste caso abrir qualquer precedente. Mas existe um aspecto positivo em toda esta discussão: Finalmente começa-se a por em causa a falta de legitimidade democrática de órgãos como a comissão europeia ou o conselho europeu. Na verdade, o conselho da UE é um órgão que reúne os governos de cada país, os eleitos por aqueles partidos, que embora dizendo-se de esquerda e de direita, todos dizem, e com razão, que são iguais. Não existe neste órgão qualquer opinião que se desvie um pouco do pensamento dos mais eurocratas.

São estes senhores que fizeram a constituição que acabou por ser chumbada em 2 países por referendo popular (por sinal, dois países fundadores do projecto europeu) e que agora surge embrulhada noutro pacote com o nome de tratado. Quanto a mim, estes senhores finalmente lembraram-se da táctica dos pequenos passos. Ao substituírem o termo constituição por tratado constitucional, evitam o drama de submeterem a 27 referendos populares com resultados imprevisíveis e deixam para os democraticamente eleitos parlamentos nacionais essa ingrata tarefa. E como constituições só haveria uma, tratados é só mais um. A gente até se lembra de alguns nomes como Maastricht, Nice, Roma, etc. embora não faça ideia do que eles instituíram. Como já disse, irá ser mais um.

Quer queiramos quer não, a generalidade da população atenta a estes fenómenos queixa-se de um défice de participação popular na construção do projecto europeu. É natural, já que as decisões ficam a cargo dos eurocratas que governam os diversos países, sendo que em vez de se discutirem questões orgânicas de fundo, se debatem meras alíneas, aquilo que cada um dá, aquilo que cada um recebe, e, porventura, os jogos da liga inglesa. Aqueles conselhos da Europa, em vez do jogo da pela, assemelham-se a uma qualquer casa de apostas de Newcastle. Na verdade, constato que estamos perante uma Europa construída pelos eurocratas e não pelos europeus. É quase como ver, de uma maneira sinistra, Portugal a ser governado apenas por nacionalistas. Constato ainda que os dirigentes europeus devem estar perante um sério dilema: Referendar o tratado, calando as vozes que se insurgem contra a falta de participação popular na construção do projecto europeu, correndo o risco de este ser rejeitado, ou aprovar o tratado por decreto, tendo que continuar a ouvir essas mesmas vozes. Como não aconteceu na constituição, esses métodos de decisão utilizados por cada país serão decididos em pleno Conselho da UE. Assim, nos países mais tremidos, será aprovado por decreto, como se de um qualquer tratado se tratasse; Nos restantes recorrer-se-á ao referendo, para calar os críticos e ter fortes aprovações populares, como aconteceu em Espanha.

Em Portugal penso que irão avançar para o refendo, com alguma pena minha, por duas razões. Sendo eu um adversário ao actual projecto europeu, seria a confirmação de que os portugueses, na sua grande maioria, apoiam este projecto, assim como os seus correligionários. Em segundo, a pouca força que o "não" poderia ter nesta votação ficaria a dever-se ao descontentamento generalizado que a população portuguesa tem por este governo e até pela classe politica em geral, que tentaria demonstrar através de um voto de protesto.
Os nossos eurocratas não correriam o risco do voto francês, ou seja, um povo que está farto do mecanismo europeu de dar e de nada receber. Na verdade, o grande problema deles é que não existem assim tantos agricultores como eles provavelmente pensavam.
Na verdade, a nossa constituição proíbe o referendo de tratados europeus, provavelmente pelas razões que me deixam apreensivo perante um referendo a este tratado.

15 junho 2007

globalização e globalizadores

Na segunda-feira li Sarsfield Cabral no Público. Não posso esconder que ele é, para mim, um jornalista (ou lá o que ele é faz) de referência, até porque cresci a ouvir a RR.
Mas o que interessa para esta discussão é a analise que ele faz das manifestações do último fim-de-semana na Alemanha. Na verdade, deverá ser uma preocupação de todos, e não só dessa escumalha, o facto do poder económico se sobrepor ao poder politico, retirando ao poder efectivo a pouca legitimidade democrática que ainda podia ter. É um bocado paradoxal eu estar preocupado com este facto, até porque não me tenho por nada democrático, mas se democracias há só uma, ditaduras há muitas. E como eu acho que não existe nenhuma democracia real no mundo, tenho para mim que a minha ditadura é melhor do que aquelas que vigoram hoje em dia no mundo ocidental. Já Churchill afirmava que a democracia é o menos mau dos regimes políticos, mas visto que esta é difícil de implementar, estava ele, certamente, a falar da ditadura dos democratas.
A ditadura do capital é hoje uma realidade em todos os países ocidentais. Os “frutos da globalização”, de que Cabral falou, reduziram bastante a pobreza na Ásia, à custa de uma substituição do poder. Assim o capital daqueles países foi substituído pelo capital estrangeiro, no exercício do poder político. Também a comparação do atraso que ainda subsiste em África com o aparente crescimento asiático é referida. Na verdade, ninguém se esqueceu deles, todos nós queremos o seu crescimento económico, para que possam consumir cada vez mais os nossos produtos. Mas ninguém implanta fábricas em países que não tenham os seus trabalhadores formados. África parece ser o parente pobre da globalização. Os países desistiram da formação profissional das suas população, porque que adquire um mínimo de formação, ou vem para a Europa estudar ou passa a vida a tentar fugir daqueles países.
Mas o mais importante que retive daquele discurso foi o apelo que ele faz aos manifestantes para deixarem de se manifestar contra a globalização, porque é um processo irreversível. Ora bem, podemos analisar estas posições de diversos ângulos. Manifestar-se contra a globalização é, no mínimo, ser-se conservador. São sempre os conservadores que se opõem à mudança, e neste ponto, ao contrário daqueles tontinho, tenho alguma consideração por ser conservador. Tendo em conta que já deve ter havido gente daquela que tenha pensado nisto, a única solução seria apontar um caminho alternativo. Que caminho será esse então? Francisco Louça dá o mote: Foi há oito anos atrás que, entre muitos símbolos válidos, escolhemos o nosso – a estrela. A estrela que aponta em todas as direcções, por todos os povos, todas as culturas. A estrela que, segundo os nossos ideais Europeístas e Internacionalistas, acabará com todas as barreiras e todas as fronteiras. Ser mais global que isto é quase impossível. Não sabendo, estes tontinhos são os maiores apoiantes do processo globalizacional do grande capital. Com o fim das fronteiras, dos povos, das culturas, tudo se resumirá a um único povo, a uma única cultura, a um único capital que controlará verdadeiramente o mundo. Não nos esqueçamos que uma única cultura, um único pensamento conduzirão a um consumo uniforme, pelas modas, direccionada aos promotores da globalização.

Pode ser um processo irreversível, mas quando todos estiverem arrependidos das suas acções e se verificar o estado em que está o mundo, gostava que ninguém me apontasse o dedo, dizendo que nada fiz para alterar a situação, quando na verdade, apenas o nacionalismo combate este processo!

Campanhas...


11 junho 2007

Um argumento esquerdista... ou será que não?

Punir o incitamento ao ódio racial é como assumir que o povo é estúpido o suficiente para acreditar e por em prática tal mensagem... ou será que não?

Ps: tenho andado em exames, bastante ocupado... Até amanhã!

02 junho 2007

Mais Ota...

São «22 factos indesmentíveis sobre o Novo Aeroporto de Lisboa». Depois do livro «O erro da Ota», e usando-o como ferramenta de trabalho, o responsável editorial do trabalho, Mendo Castro Henriques, juntamente com alguns co-autores do livro, elaborou um documento com um conjunto de factos «indesmentíveis». O relatório já foi entregue aos deputados da Assembleia da República para servir de base para o debate com o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, que irá ao Parlamento falar sobre a Ota no próximo dia 6 de Junho.
1 - Não existe nenhum estudo que indique a Ota como o melhor local para o novo aeroporto.
2 - Em todos os estudos onde a opção Ota foi analisada, foi sempre considerada a mais cara.
3 - A decisão pela localização Ota foi tomada, em 1999, com base num Estudo Preliminar de Impacto Ambiental (EPIA) incompleto e insuficiente.
4 e 5 - Entre os vários descritores usados no EPIA, a Comissão de Acompanhamento do Novo Aeroporto considerou «deficiente» a abordagem feita aos «Recursos Hídricos» e aos «Risco de Colisão de Aeronaves com Aves». Dois pontos usados para eliminar Rio Frio.
6 - O site da NAER não disponibilizou a totalidade dos estudos em Novembro de 2005. Foram omitidos estudos importantes, como o realizado pela ANA em 1994 e que escolhia o Montijo, e cortaram-se partes de outros documentos.
7 - O estudo de 1999, que apenas compara Ota e Rio Frio, não justifica a exclusão da localização Montijo, que até então tinha «ganho» em todos os relatórios.
8 - Os capítulos das conclusões do EPIA da Ota e do Rio Frio são cópias um do outro.
9 - Alguns factos foram deturpados de modo a legitimar a escolha da Ota.
10 - A decisão foi tomada sem que tenham sido avaliadas todas as determinantes: não foi instalado um posto meteorológico na Ota; não foi estudada a implicação da gestão do espaço aéreo; não foram estudados os acessos nem as características dos solos.
11 - A solução «Portela + 1» foi abandonada por causa da escolha da Ota. Todas as restantes localizações são compatíveis com a utilização simultânea da Portela.
12 - A Ota terá uma vida útil muito inferior ao Aeroporto da Portela, que já passou os 60 anos de vida. A Ota pode «viver» 30/40 anos.
13 - O novo aeroporto será pago pelo Estado e pelos contribuintes.
14 - Lisboa ficará menos competitiva. Por exemplo, as taxas de aeroporto serão mais elevadas na Ota.
15 - A TAP será menos competitiva. O processo do aeroporto de Atenas, inaugurado em 2001, é semelhante ao da Ota. A companhia aérea grega declarou falência em 2003.
16 - A privatização da ANA como parte do negócio da Ota, significa dar a uma entidade privada a gestão de quase todos os aeroportos portugueses.
17 - Há factos que obrigam a reequacionar a opção Ota. Cresceram as Low cost. O traçado do TGV foi alterado e passar na Ota obriga a «ginástica».
18 - Não foram criados mecanismos para tributar mais valias nos terrenos da Ota.
19 - O turismo perde. Estudos efectuados mostram uma quebra de 15,6 por cento no turismo de Lisboa.
20 - Por causa da Ota a linha do TGV Lisboa/Porto será apenas para passageiros e não para mercadoria.
21 - O TGV tira passageiros aos aviões.
22 - A área de influência de dois aeroporto - Norte e Sul - é superior à influência de um aeroporto central.

31 maio 2007

A ideia frequentemente admitida, e mesmo ensinada nas escolas, é que a Europa muito deve ao Islão no que concerne ao contributo deste nas ciências, nas artes e na cultura. A César o que é de César!
Vejamos algumas descobertas normalmente atribuídas ao Islão:
Matemáticos Árabes
As bases fundamentais das matemáticas modernas foram estabelecidas, não há centenas, mas milhares de anos antes do surgimento do Islão, pelos Sumérios, Assírios, Babilónios e Gregos que já conheciam o conceito de zero, o Teorema de Pitágoras, bem como numerosos outros desenvolvimentos nesta ciência. Por outra parte, a matemática indiana manifesta-se brilhantemente a partir do século V com Aryabhata, o primeiro grande matemático e astrónomo indiano e aparece independente da dos gregos. Outro matemático indiano, Brahmagupta, é sem dúvida o primeiro, em cálculos comerciais, a usar os números negativos. Emprega os números decimais (grafismo muito próximo dos nossos números actuais ditos "árabes") e principalmente o zero, cujo aparecimento foi um passo gigante na álgebra. A Índia sofrerá as invasões muçulmanas e os árabes adoptarão os trabalhos dos matemáticos indianos. Foi assim que os muçulmanos se apropriaram destes trabalhos indianos em matemática, sendo transmitidos pelos Árabes (Mouros) aquando das suas invasões na Península Ibérica.
Cientistas Árabes
Uma esmagadora maioria destes cientistas (99%) era Assíria que, a partir do século I, começaram a tradução dos conhecimentos Gregos. Interessaram-se pela ciência, pela filosofia e pela medicina. Sócrates, Platão, Aristóteles, e muitos outros foram traduzidos para Assírio, e deste idioma para o Árabe. Foram estas traduções que os Mouros trouxeram para a Península Ibérica e onde elas foram traduzidas para latim. No domínio da filosofia, a Assíria Edessa desenvolveu uma teoria de física que rivalizou com a de Aristóteles. Um dos grandes feitos Assírios do século I foi a construção da primeira universidade do mundo, a escola de Nisibis, que se tornou um centro de desenvolvimento intelectual no Médio Oriente e serviu de modelo à primeira universidade italiana. Quando os Árabes e o Islão invadiram o Médio Oriente em 630, encontraram 600 anos de civilização cristã Assiria, com uma herança rica, uma cultura fortemente desenvolvida, e estabelecimentos de ensino avançados. Foi esta civilização que se tornou a base da civilização Árabe.
Astrónomos Árabes
Com efeito, estes astrónomos não eram Árabes mas Caldeus e Babilónios que, durante milénios, foram cientistas reputados. Estes povos foram arabizados e islamizados à força, de tal forma que, a partir do século V, haviam desaparecido completamente.
Árabes, protectores do património
Esta questão vai ao âmago do que representa a civilização árabo-islâmica. Uma investigação intitulada "Como a Ciência grega foi transmitida aos Árabes", enumera os principais tradutores da ciência grega. Dos vinte e dois discípulos enumerados, vinte eram Assírios, um era Persa e um Árabe.
Islão, religião de tolerância
Os Otomanos eram extremamente opressivos em relação aos não-Muçulmanos. Por exemplo, os rapazes cristãos eram retirados à força às suas famílias, habitualmente com a idade de 8-10 anos, sendo enviados para os Janizaros onde eram convertidos ao Islão e treinados para combater pelo Estado Otomano. A que contributos literários, artísticos ou científicos dos Otomanos podemos nós nos referir? Podemos, em contrapartida, pensar no genocídio de 750.000 Assírios, 1,500.000 de Arménios e de 400.000 Gregos, aquando da Primeira Guerra Mundial, pelo governo dos "Jovens Turcos" de Kemal. Esta é verdadeira face do Islão.
Poetas Árabes
Há muito pouca literatura em língua árabe no que concerne ao período aqui abordado: o Corão é a única peça literária significativa, enquanto que a produção literária dos Assírios e dos judeus era muito importante: em proporção, a terceira produção de escritos cristãos, após o latim e o grego, foi produzida pelos Assírios em síriaco.
Agricultores Árabes
A quase totalidade das técnicas agrícolas praticadas pelos árabes tinham também elas uma origem muito anterior à expansão destes e do Islamismo, podendo ser encontradas quer na Grécia quer no Egipto.
Dívida Europeia?
Malgrado as evidências históricas e arqueológicas, há uma forte tendência em sobrestimar a dívida da civilização europeia no que diz respeito ao Islão. Esta interpretação da história resulta das recomendações (1968) "pela Academia de Investigação Islâmica" que recomendou a publicação e o realce da civilização islâmica em relação à civilização europeia. A primeira vaga de conquista islâmica absorveu as terras cristãs até ao Nordeste da Arménia, a África do Norte, a Península Ibérica, até Poitiers e a Itália, até aos Alpes. Ultrapassou a Pérsia e chegou à Índia. Assim, os muçulmanos estiveram em contacto com as civilizações mais prestigiosas. Contudo, o sentimento de superioridade dos Beduínos conquistadores foi posto a dura prova quando as suas conquistas se depararam com civilizações brilhantes, o que conduziu a uma humilhação constante deles. Esconde-se também a barbárie perpetrada pelos muçulmanos contra os Europeus, nomeadamente na costa portuguesa, onde até pelo menos ao século XVIII era frequente os piratas marroquinos raptarem europeus para venderem como escravos nas suas terras. Falam-nos também das Cruzadas como prova de uma suposta intolerância de cristãos contra muçulmanos. Mas esquecem-se que a chamada Terra Santa já era cristã muito antes de ser conquistada pelos islâmicos, pelo que as Cruzadas não foram guerras de conquista, mas sim de reconquista de territórios ocupados pelos muçulmanos pela força.
Um dos princípios básicos do Islão está enraizado no dogma da perfeição da Oumma, perfeição que a vincula à obrigação consagrada de dirigir o mundo inteiro. Qualquer empréstimo a uma outra civilização é proibido, dado que a perfeição não pode contactar com a imperfeição sem se danificar a si própria. Os muçulmanos, por conseguinte, estão empenhados numa campanha de destruição e de apropriação das culturas e das comunidades, das identidades e das ideias (como demonstra o exemplo da destruição das estátuas budistas no Afeganistão, ou de as de Persépolis, pelo Ayatollah Khomeyni). É um modelo de comportamento que se reproduziu infatigavelmente, desde o nascimento do Islão, há 1400 anos, e que é descrito amplamente nas fontes históricas.
A civilização árabo-islâmica não é uma força progressiva, é uma força regressiva. A civilização islâmica cuja reputação, como já vimos, não se deve aos Árabes ou aos próprios muçulmanos, não é senão obra dos Assírios, de que os Árabes se apropriaram e que, mais tarde perderam, quando esgotaram a fonte de vitalidade intelectual que os havia propulsado, pela conversão obrigatória dos Assírios ao Islão. Quando esta comunidade diminuiu abaixo do limiar crítico, cessou a produção da força intelectual motriz da civilização islâmica. Foi assim que a pretendida "idade de ouro do Islão" terminou.
Desde há 1300 anos, e ainda actualmente, minorias e populações há que lutam pela sua sobrevivência no mundo muçulmano no Médio Oriente (Assírios, Arménios, Judeus, Cristãos), em África (Coptas, judeus, Sudaneses cristãos, Etíopes cristãos, Nigerianos cristãos.), na Ásia (Índia, Paquistão, China) e na Indonésia. Estas populações batem-se contra o imperialismo Árabe e o totalitarismo islâmico, que tentam eliminar todas as culturas, religiões e civilizações. Na frente da desinformação actual, importa que cada um faça o seu próprio trabalho de investigação e que mantenha o espírito crítico.

28 maio 2007

Caros Amigos, A pedido do cómico Mário Lino - entertainer de almoços e de convívios de autarcas do Oeste – estou a organizar, para um dos próximos sábados, um passeio ao Oásis Alcochete. A concentração está prevista para a porta do Ministério das Obras Públicas - à Sé - de onde partirá a caravana de jipes 4X4 que atravessará a Ponte Vasco da Gama com destino ao Deserto a Sul do Tejo.
A primeira paragem será na Área de Serviço da Margem Sul, onde os nossos experientes motoristas necessitam baixar a pressão dos pneus, necessária à circulação nas dunas. O trajecto até ao Oásis, onde serão servidos carapaus assados e enguias do Tejo, poderá ser feito, por escolha e conveniência dos participantes, quer continuando na caravana de jipes ou em dromedário (uma só bossa), o que torna a aventura muito mais excitante, pois tirando os beduínos tratadores e a areia, os participantes não encontrarão: 'pessoas, escolas, hospitais, hotéis, indústria ou comércio'! Reunidos os participantes será servido o almoço, em tendas, com pratos tradicionais do Oásis Alcochete. À tarde, a seguir ao pôr-do-sol no deserto - espectáculo sempre deslumbrante - será servido um chá de menta, após o que, a caravana regressa nos jipes, com paragem na área de Serviço da Ponte Vasco da Gama, para reposição da pressão dos pneus. ALERTA: O tempo urge. Segundo as sábias e oportunas declarações do Dr. Almeida Santos, M. I. Presidente do PS as pontes são alvos dos terroristas pois podem ser dinamitadas a qualquer momento, pelo que não se podendo construir novas devemos aproveitar as que temos, enquanto estão de pé.
Conto convosco para esta inesquecível aventura ao Deserto a Sul do Tejo! MUITA ATENÇÃO: A cada participante será exigida uma declaração por escrito onde se comprometem, durante toda a aventura, a não referir qualquer das seguintes palavras: diploma, curso, Independente, engenheiro, fax e inglês técnico.
PS - Lamento informar, mas só estão disponíveis dromedários (1 bossa). Segundo o humorista Mário Lino, os camelos andam por aí à solta...

27 maio 2007

Augusto Santos Silva referiu-se à nova Lei de Televisão dizendo que as alterações visam apenas «inibir os jornalistas de proferir comentários positivos às manifestações de extrema-direita». O autor do blogue Do Portugal Profundo, que foi quem denunciou em primeira-mão o caso da licenciatura de José Sócrates , foi alvo de buscas domiciliárias e detenção. Rui Pereira, que passou o ano de 2006 a fazer comentários persecutórios aos nacionalistas mas que nunca se referiu ao secretismo da maçonaria, foi nomeado Ministro da Administração Interna. Fernando Charrua, o professor que contou uma piada sobre o Primeiro-Ministro a um colega, foi suspenso de funções, sendo a sexta vítima na DREN socialista. Pedro Namora, Felícia Cabrita, Manuela Moura Guedes, e Catalina Pestana sofreram na pele a "liberdade de expressão" e já foram à vida - todos tiveram papel importante na denúncia dos contornos do caso Casa Pia. Um dia depois da nomeação de Maria José Morgado para o DIAP, cinquenta nacionalistas foram alvo de buscas e detenções, dez desses nacionalistas foram presentes ao TIC e - passados três anos do início do inquérito - ficam sujeitos a fortes medidas de coacção que vão desde a prisão preventiva às apresentações periódicas às autoridades. Elementos violentos da extrema-esquerda, bem como suspeitos de pedofilia, de tráfico de droga, e de assassinatos, são detidos em flagrante delito, presentes ao TIC, e libertados com Termo de Identidade e Residência! Durante os dois dias em que os nacionalistas aguardavam ser ouvidos no TIC são feitas várias alusões ao facto do PCP ter efectuado diversas reuniões com os orgãos judiciais, nos últimos meses, com o propósito de pressionar o sistema a actuar contra os nacionalistas. Na verdade o clima de impunidade para alguns e perseguição política para outros, mais visível desde que o governo socialista chegou ao poder, assemelha-se ao periodo conhecido como PREC. Foi uma altura em que Portugal era governado pelas forças anti-democráticas, ligadas ao PCP, que os portugueses não escolheram nem elegeram. Estaremos hoje, mais de 30 anos depois, a precisar de um novo 25 de Novembro?

By Strasser

25 maio 2007

Compensar, lá vai compensando

Sublinhados a vermelho os clubes que, segundo o sindicato de jogadores, devem salários aos seus jogadores.

24 maio 2007

Apagar Portugal dos livros de história

Todos sabemos ao que vem Pina Moura, como outros que antes dele, beneficiaram do dinheiro estrangeiro para facilitar a compra de Portugal, o amolecimento das suas gentes, desde os escalões mais baixos aos mais altos da administração pública.
Joaquim Pina Moura, o conhecido político, lutador revolucionário, opositor ao antigo regime, ministro das finanças, administrador de multinacional, e que é agora o administrador da Média Capital (que controla a maior estação de televisão portuguesa, a TVI) seria certamente o rosto adequado.
De pouco adianta, falar sobre a verticalidade e a honestidade de tão elevada pessoa, que nos corredores do Largo dos Ratos, é por muitos acusado de ser capaz de vender a própria Mãe, se o preço for certo e as condições adequadas.
De nada vale falar sobre a verticalidade intocável de Pina Moura (como não vale a pena falar sobre a verticalidade dos irmãos metralha), nem vale a pena falar sobre a sua profundidade intelectual, que é equiparável á do Pato Donald.
Todos sabemos ao que vem Pina Moura, como outros que antes dele, beneficiaram do dinheiro estrangeiro para facilitar a compra de Portugal, o amolecimento das suas gentes, desde os escalões mais baixos aos mais altos da administração pública.
Pina Moura, é evidentemente o homem dos espanhóis e quem tivesse dúvidas, provavelmente já não as tem.
Manso, viscoso, bem falante, contemporizador e a tresandar a perfume caro, para esconder o facto de não ter o hábito de tomar banho, Moura é o tipico “portuga” seboso que pensa primeiro no bolso, e só depois no resto, doa a quem doer e lixe-se quem se lixar. Moura, é o típico Dantas de Eça de Queiroz, com a provável falta da brilhantina.
Se isso era evidente quando a multinacional espanhola Iberdrola o contratou, para assim facilitar o seu acesso à organização comercial de “loby” que tem sede no Largos do Ratos em Lisboa, mais evidente é agora, depois que os espanhóis convenceram Pais do Amaral (outra Madalena, não arrependida) a entregar o controlo do grupo Media-Capital, ao grupo maçonico-iberista «PRISA» cujos promotores estão entre aqueles que pretendem criar a Grande Pátria Hispana, agregando Portugal, como apêndice adicional, na política final de conquista empreendida pelos espanhóis, desde que Franco iniciou a chamada política de promoção da «Hispanidad» que tem como um dos seus objectivos assassinar Portugal, transformando-o num apêndice da grande Pátria Castelhana.
Durante muito tempo, os planos dessa corja de espanhóis que odeiam Portugal, foram progredindo mais ou menos encapotados, porque o pudor de alguns dos portugueses que colaboraram com a Máfia “Polanquina” ainda os impedia de abertamente mostrar ao que vêm, demonstrando o seu ódio por tudo o que é português.
Podemos afirmar que o fim do pudor, começa com José Saramago, cujo prémio Nobel foi alegadamente comprado a peso de Ouro pelo grupo PRISA. Saramago foi dos primeiros a perder a vergonha e a falar pela voz do novo dono.
É do interesse da Patria Hispana, do grupo PRISA e dos Franquistas espanhóis que se escondem no Partido Socialista espanhol (como muitos salazaristas se esconderam no Partido Socialista em Portugal) que sejam os próprios portugueses a criticar, a apoucar, a ridicularizar e a humilhar o seu próprio país.
Como nos processos de destruição e Étnocídio que a Pátria Hispana promoveu na Península Ibérica, contra galegos, catalães e bascos, é preciso que os portugueses tenham de si a pior imagem possível, como acontece presentemente com a maioria dos galegos, que têm até vergonha de dizer de onde vêm, e que se ridicularizam com anedotas, para serem aceites pelos castelhanos.
Saramago, o comunista defensor confesso de ditaduras criminosas e agente da censura em 1974/1975 enquanto ocupou funções de censor e comissário político no Diário de Noticias, onde o seu lápis vermelho assassinava as consciências que dele discordavam, começou a vomitar aquilo que são as suas já tradicionais diatribes contra Portugal e contra os portugueses, afirmando que o país está decadente, ou não fosse ele próprio um sinal dessa decadência, um bolsa pútrida de pus fétido, que brota da ilha de Lanzarote para nos sujar e conspurcar.
A última declaração de Saramago, afirmando que Portugal já não tem razão de existir, é aliás demonstrativa disso.
Como Saramago, (embora a outro nível), o novo Cristóvão de Moura, e muitos outros, estão seduzidos pelas “Luces” da capital castelhana, elevados temporariamente (e enquanto forem úteis) ao estatuto de “astros” enquanto Portugal existir e lhes puder colocar problemas aos seus planos xenófobos.
O grupo PRISA, continua a sua imparável subida para o poder absoluto, controlando, chantageando jornalistas e utilizando todo o tipo de pressões legítimas e ilegítimas para controlar a “sua” verdade, especialmente na América Latina, onde a não existência de entidades reguladoras fortes, permite ao grupo de Polanco, impor o seu Diktat.
Em Espanha, a pressão do grupo PRISA atingiu um nível tão elevado mesmo sobre os seus próprios correligionários do PSOE da linha de Zapatero, que segundo a imprensa daquele país, o actual primeiro ministro se prepara para criar condições para o aparecimento de um novo grupo de comunicação social também controlado pelo PSOE, mas que seja menos poderoso, menos interventor e menos influente.
O controlo da TVI pelos espanhóis, porque Pina Moura não será – exactamente como na Iberdrola – mais nada que um palhaço bem pago, é uma (mais uma) machadada profunda em Portugal e na Ideia de Portugal.
A estação de TV, que nasceu cristã e acaba maçónica, mas que manterá a sua característica principal.
A toda a hora, nos seus blocos de notícias, a TVI transmite e transmitirá cada vez mais, peças a mostrar todos os problemas do país, todos os nossos pobres, todos os nossos mendigos, todos os nossos órfãos, todos e cada um deles terão pelo menos os seus 5 minutos de fama e de audiência na TV da Pátria Hispana.
Mas a transmissão de notícias sobre todos os podres e todas as desgraças - como se o país fosse apenas um mar de desgraças – será entremeada por notícias sobre os grandes triunfos da Espanha, essa grande nação, luz do Sol na terra, qual União Soviética para Alvaro Cunhal. Essa Pátria comum de todos os Espanhóis – e os portugueses são espanhóis por direito.
A seguir, como já tem acontecido, dá-se a entender que se fossemos espanhóis, automaticamente desapareceriam as notícias sobre a miséria, os podres portugueses, para imediatamente sermos todos ricos e anafados, hablando la hermosa habla hispana.
Não importa se a Espanha também tem pessoas a morrer de fome pelas ruas (como aconteceu à pouco na Galiza), não importa que os portugueses sejam explorados como cães e tratados como animais de carga pelas empresas espanholas, só porque são, E ESPECIALMENTE PORQUE SÃO portugueses. Não importa que os espanhóis nos odeiem por razões étnicas e históricas. Nada disso importa.
A TVI, fará os possíveis para nos fazer uma limpeza cerebral. Para isso recorrerá a todos os meios, legais ou ilegais, morais ou imorais, mostrará pedofilia e prostituição, inventará escândalos se for necessário.
À sua frente, estará um novo Cristóvão de Moura, um homem com “h” pequeno, e sem qualquer tipo de escrúpulos honradez ou moral. Por detrás está o dinheiro interminável do tenebroso grupo PRISA, do Franquismo disfarçado e do imperialismo da Pátria Castelhana. Uns e outros estão unidos por objectivo muito simples:
DESTRUIR A NOSSA CULTURA
VARRER PORTUGAL DO MAPA
APAGAR PORTUGAL DOS LIVROS DE HISTÓRIA
Brites de Almeida