26 setembro 2006

Eu estou ao lado dos Portugueses

Nunca tiveram água e luz em casa e, desde ontem, vivem sem parte do telhado. O dono apareceu de manhã e retirou as telhas da cozinha e de um lado dos quartos. Não destelhou a habitação toda porque a GNR, alertada por vizinhos, não permitiu.

A casa é habitada, há quase meio século, por António e Henrique Esteves da Silva, dois irmãos que vivem de trabalhos precários. O primeiro, da agricultora, e o segundo, da construção civil. Tudo ali perto do sítio onde residem, na Quinta da Galharda, junto ao bairro do Pereiro, nas imediações de Moure de Carvalhal, Viseu.

"Ele (o dono da casa) apareceu aqui e começou a arrancar as telhas da cozinha e do quarto. Atirava-as lá de cima para um tractor que trazia. Partiram-se quase todas", conta António, 47 anos, o mais novo dos dois irmãos, que tem alguma dificuldade de mobilidade. "Tem um problema numa das pernas", explica Miguel, um sobrinho que mora por perto.

"É gente pobre, honesta e trabalhadora, que merece ser ajudada", lembra João Matos, que vai levar o caso ao conhecimento dos serviços sociais da Câmara de Viseu.

In Jornal de Noticias

Como disse o meu amigo LOBO SOLITÁRIO:
Era aqui que os “defensores das amplas liberdades”, as “meninas” que enfrentaram a policia na Azinhaga dos Besouros deviam estar. Mas para os pontas de lança do sistema é preferível lutar pela globalização que pelos portugueses.

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