28 agosto 2006

Familia em Crise


Em torno do tema da família muito tem sido dito. A razão pela qual se fala tanto, muito mais do que noutros tempos, não é só porque agora se descobriu a importância da família na vida das pessoas e das sociedades, mas porque ela entrou em crise. Antigamente, a família pertencia às coisas naturais que envolviam a vida da pessoa, nem se discutia, como não se discute se é bom ou mau respirar. Claro que esta crise também tem levado a valorizar muita coisa que não era suficientemente tida em conta, como a importância da ternura nas relações conjugais, a complementaridade homem/mulher na educação; a função social da família, para só citar alguns aspectos. Assim, não é necessário entender a palavra crise exclusivamente em sentido negativo, mas chamamos verdadeira crise porque muita coisa mudou e ainda não se sabe onde vai parar e porque muito do que sempre foi tido como imutável está a ser atacado. O problema, no entanto, não é tanto que esteja a acontecer uma mudança das ideias sobre a sociedade. Em si mudar as ideias isso não é mau, mas o que está a acontecer é a destruição da civilização humana e, por isso, o desaparecimento da pessoa, porque se negam aspectos constitutivos da sua natureza. A crise da família está intimamente ligada, quer como causa, quer como efeito, à crise geral da sociedade, mas o que está em causa é a pessoa. (continuação)

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